domingo, 26 de dezembro de 2010

Poesia: Amigos

Não sou de inércia,
Sou de convulsões.
Nos tropeços da vida
 É onde meu coração pulsa.
O relógio marca as horas,
 alheio a tudo isso.
Faz pouco de mim.
Faz pouco de nós.
Na bagunça do armário
Me sobram as lembranças.
Me sobram aqueles que valem a pena.
Meu apego é com a vida daqueles que sabem o que é reparti-la.
Com os sorrisos, as lágrimas, as chuvas, os amores.
Meus caros cúmplices de nossos sonhos
Que tanto me acalentaram e tanto acalentei.
É pra isso que viemos,
Para sermos nós.
E nos encontrarmos nos outros.
Nos olhares que nos mostram que não estamos sozinhos.
Nos afagos que nos deixam mostrar nossas fraquezas.
Para depois continuarmos nessa linda história que escrevemos a cada dia.
De mãos dadas com os mais preciosos pedaços de nós.
Obrigada por deixar eu fazer parte da sua vida!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Poesia: Preto e branco

Fica mais um pouco
Deixa teus olhos dizerem para que viestes
As meias palavras já não cabem mais
Necessito dos meus sonhos e do que quero ouvir
Se não couberes aqui
Eu mesma te arrastarei para além das tempestades
Onde te guardarei dentro da velha caixa de papelão
Esperando que um dia suas cores combinem com as minhas

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Poesia: Vertigem

A floresta é densa e escura
Seus passos seguem num ritmo acelerado
Nada pode ser enxergado
Ao longe bichos fazem barulho
Mostrando que ainda existe vida
Seu coração queima
São chamas derrubando paredes há muito construídas
Os passos seguem vertiginosamente
Mas ele não consegue acompanhar suas pernas
E fica perdido no descompasso
No desaconchego
No colapso
Galhos
Tropeços
E passos...
Roubo de si mesmo
Vertigem
O sol nasce...ele já consegue se ver
Mais um dia
O dia marcado
Pra ele encontrar com tudo que mais teme